
Fui às ruas e vi o Brasil protestar contra Moraes. O recado foi claro.
Neste domingo, 3 de agosto, eu vi milhares de pessoas fazendo o que ainda é possível fazer no Brasil: ir às ruas. Os atos, que aconteceram em várias cidades, tinham um alvo claro e um nome que ecoava mais alto que todos os outros: Alexandre de Moraes.
Claro, também havia críticas ao presidente Lula e pedidos de anistia para os condenados de 8 de janeiro, mas, para mim, o sentimento era outro. Era um recado direto para o Supremo Tribunal Federal.
As Pautas que Eu Vi (e as que importam)
Na minha visão, as pautas iam muito além de um simples cartaz. O que eu senti foi um grito por:
- Liberdade de expressão: Uma liberdade que, na minha opinião, está sendo cada vez mais relativizada por quem deveria protegê-la.
- O fim da perseguição: Muitos ali se sentem, como eu, alvos de uma caça às bruxas política.
- Um basta a Alexandre de Moraes: Ele se tornou, para o bem ou para o mal, o rosto do que as pessoas na rua chamam de “ditadura do Judiciário”.
Por que tanto ódio a um ministro?
Eu me fiz essa pergunta e, conversando com as pessoas, a resposta é simples. Para quem estava ali, Moraes representa:
- Abuso de Autoridade: A sensação de que um único homem tem poder para prender, multar e censurar sem qualquer freio.
- Censura Descarada: O bloqueio de contas e a perseguição a jornalistas e influenciadores não é visto como “combate à desinformação”, mas como censura pura e simples.
- Inquéritos sem Fim e sem Lógica: A ideia de que o mesmo que acusa é o mesmo que julga é algo que arrepia qualquer um que acredite em um pingo de justiça.
E o Bolsonaro?
Enquanto isso, o ex-presidente, preso em casa nos fins de semana e proibido de usar redes sociais, deu um jeito de aparecer. Uma videochamada para o filho, o senador Flávio Bolsonaro, no meio do ato no Rio.
Foi uma jogada de mestre ou um tiro no pé? Sinceramente, não sei. Advogados já correm para dizer que ele descumpriu ordens. Para mim, pareceu mais um ato de desespero de quem se recusa a ser apagado da história.
Minha Conclusão
O que eu vi no dia 3 de agosto não foi um ato de apoio cego a Bolsonaro. Foi a manifestação de um país cansado, polarizado e, acima de tudo, com medo de onde as decisões de um único homem podem nos levar. A aversão a Moraes virou o principal combustível da oposição. E, sinceramente, não vejo como isso vai acabar bem.